Ester Corrêa

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A maior dor do mundo

Pisar numa taxinha dói. Morder a lingua dói. Parir dói demais. Um tapa dói. Um pontapé dói. Mas sabe o que realmente dói?É uma coisa chamada saudade.
Saudade do paizinho que morreu, de andar decalço no chão. De um amigo que mora longe. Saudade da infancia. Saudade de alquem que você nunca viu e nem ouviu.
Como diz Martha Medeiros "mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando."
A saudade que dói é a saudade do que você nunca viveu além dos teu sonhos. É não saber como alguem olha, como alguem respira, como alguém sorri... Essa saudade dói e machuca!

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